Dessalinização da Água

A água é o recurso mais essencial para a manutenção da vida na terra. O globo terrestre é constituído por 70% de água e apenas 30% de terra firme. Desses 70% de água, apenas 2,5% é água doce e o restante se constitui por água salgada.

Sendo assim, a escassez de água potável se tornou um problema, que atinge boa parte da população mundial. Essa crescente preocupação, mesmo em países onde a água doce ainda é considerada um recurso abundante, como o Brasil.

Em contra partida, uma solução encontradas, para aumentar a oferta de água, é a dessalinização da água do mar. Este é um processo que retira todo o sal da água, deixando-a própria para o consumo.

O problema é o alto consumo de energia do processo, que faz com que os custos desse sistema sejam elevados. Para solução do problema tem-se a energia fotovoltaica, que vem sendo usada como principal alternativa de viabilização dessa tecnologia.

Dubai Está Investindo em Projeto de Dessalinização Movida a Energia Solar

Recentemente, a cidade de Dubai, anunciou a construção de uma nova usina de dessalinização de água, movida a energia solar.

Os Emirados Árabes, assim como os demais Estados do Golfo Pérsico, precisam dessalinizar a água do mar, para fornecer água potável para a população. E, até então, a maior parte da energia elétrica consumida nesse processo era proveniente das usinas movidas à combustíveis fósseis – uma solução de alto custo e extremamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente.

Segundo o projeto, previsto para ser inaugurado em 2024, a planta fotovoltaica terá capacidade de geração de aproximadamente 10 mil megawatts. Contando com sistemas de baterias, para armazenar a energia produzida e possibilitar o funcionamento da usina durante o período noturno.

A estimativa é a de que a usina de dessalinização movida a energia solar terá a capacidade de produção de 2,1 bilhões de litros de água por dia.

E no Brasil?

No Brasil, o estado de Pernambuco vem se destacando na utilização da energia solar para a dessalinização a água.

Em janeiro de 2019, foi instalada a primeira unidade de geração de energia fotovoltaica, voltada para alimentar um dessalinizador na ilha de Fernando de Noronha.

Mas, diferentemente do grandioso projeto de Dubai, o sistema pernambucano é on-grid, ou seja, é ligado à rede de energia elétrica e poderá exportar o excedente de energia produzido, ao invés de armazená-lo em baterias.

Há planos de ampliação desse sistema, com a instalação do sistema de geração de energia solar, em outras duas unidades do estado, um com 75 e o outro com 230 kWp (quilo-Watt pico) em Olinda, região metropolitana de Recife e a outra localizada na região central de Recife.